A compostagem de resíduos se tornou uma excelente solução para o tratamento e a destinação final de orgânicos caracterizados como classe II A.
De forma geral, a compostagem é um processo natural de decomposição da matéria orgânica, por meio da digestão aeróbica de microrganismos benéficos. Ela recicla os resíduos biodegradáveis transformando a matéria orgânica bruta em composto orgânico.
Desenvolvida há milhares de anos pelos chineses, a compostagem surgiu como uma solução agrícola para a adubação e a correção de solos.
Contudo, na contemporaneidade tornou-se um método amplamente usado para tratamento e destinação final de resíduos biodegradáveis, classificados como classe II A.
A compostagem moderna é controlada e monitorada pelo homem. São montadas pilhas ou leiras de resíduos com base em uma receita de “ingredientes” pré-selecionados, considerando as características de cada resíduo para que haja equilíbrio na proporção dos teores de carbono e nitrogênio – relação essencial para a eficiência do processo.
A compostagem completa dura em média noventa dias e de maneira geral passa por três fases: mesofílica, termofílica e de maturação, respectivamente.
A primeira fase é a mais curta. Os microrganismos mesofílicos – principalmente bactérias – atuam em temperaturas medianas, geralmente suportam até 45ºC. Eles metabolizam especialmente as moléculas mais simples, facilmente encontrados no início do processo.
A fase termofílica é a mais longa, e é quando ocorre o ápice da atividade biológica. Ela é realizada principalmente por fungos e bactérias que se desenvolvem muito bem em temperatura entre 60ºC e 70ºC.
Esses microrganismos atuam na matéria orgânica degradando as moléculas mais complexas. A atividade deles ocorre em alta temperatura – até 70ºC – matando eventuais patógenos e higienizando o composto.
Na maturação, última fase do processo de compostagem, há a diminuição da atividade microbiana e a temperatura das pilhas ou leiras cai gradativamente se aproximando cada vez mais da temperatura ambiente.
Nesta fase ocorre também a redução da acidez antes observada no composto, transformando-o em um adubo rico em nutrientes, ideal para ser utilizado na agricultura.
Todo o processo é monitorado por técnicos, que acompanham diariamente a temperatura e a umidade das leiras ou pilhas de compostagem, indicadores de controle e qualidade.
A compostagem de resíduos é sem dúvida uma ótima alternativa para a destinação final de resíduos sólidos industriais classe II A, e geralmente apresenta a melhor relação custo e benefício do mercado.
Autoria: Emanuela Figueiredo
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