Neste artigo, vamos abordar um tema de extrema relevância para as empresas: o Plano de Gerenciamento de Resíduos. Para além das imposições legais, em um cenário no qual a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental são cada vez mais valorizadas, o gerenciamento adequado dos resíduos se torna uma prioridade para as organizações.
Acompanhe este artigo e descubra como o PGRS pode contribuir para a preservação do meio ambiente, a proteção da saúde pública, o cumprimento de requisitos legais e a redução de impactos e passivos.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) é um documento obrigatório para todos os geradores previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Mas ele deve ser encarado como uma estratégia essencial para empresas que se preocupam com práticas sustentáveis e com os resíduos gerados em suas operações.
Nesse sentido, ele tem o objetivo de estabelecer diretrizes e procedimentos adequados para lidar com os resíduos gerados durante as atividades.
Ele se torna ainda mais relevante quando consideramos a importância da compostagem e reaproveitamento de resíduos orgânicos, transformando-os em adubo orgânico, super valioso para a natureza.
Logo, o PGRS é uma ferramenta essencial para empresas que desejam cumprir legislações e regulamentações relacionadas à gestão de resíduos. Além disso, ele contribui para a redução do impacto ambiental, promovendo a sustentabilidade e a economia de recursos naturais.
A legislação ambiental brasileira exige que as empresas adotem medidas efetivas para o gerenciamento adequado de resíduos. Diversas regulamentações, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecem diretrizes específicas para a gestão de resíduos.
De acordo com a PNRS, o Plano de Gerenciamento de Resíduos deve ser elaborado por empresas que geram materiais como: resíduos industriais, resíduos de atividade de mineração, resíduos de serviços de saúde, resíduos classificados como perigosos, resíduos de construção civil, resíduos oriundos de atividades agrossilvopastoris entre outros . No caso da Biocomp, que atua no gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de resíduos, a elaboração do PGRS é imprescindível.
Os artigos nº 20, 21, 22, 23 e 24 da Política Nacional de Resíduos Sólidos trata especificamente do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS.
O PGRS é mais comumente exigido para organizações que precisam licenciar suas atividades. No entanto, é importante ressaltar que empresas que não são legalmente obrigadas também podem se beneficiar da implementação desse plano.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos é composto por diversas etapas que visam assegurar uma gestão adequada dos resíduos gerados. A seguir, apresentaremos as principais etapas envolvidas:
A primeira etapa do PGRS é a identificação e classificação. Nessa fase, é fundamental conhecer os tipos de resíduos produzidos, como orgânicos, recicláveis, químicos, sólidos, perigosos e não perigosos, resíduos classe II A, classe IIB entre outros.
A classificação é importante para determinar as medidas específicas de manejo, transporte e destinação final de cada tipo de resíduo.
Após a identificação e classificação dos resíduos, é necessário realizar a segregação, o acondicionamento e o armazenamento adequado.
Esse processo consiste em separar os diferentes tipos de resíduos, evitando a contaminação e facilitando o gerenciamento posterior. É essencial utilizar recipientes adequados, identificados corretamente, garantindo a segurança dos colaboradores e a preservação do meio ambiente.
A etapa de transporte é fundamental para garantir a correta destinação dos resíduos. É crucial seguir todas as normas e regulamentações relacionadas ao transporte de resíduos, incluindo a utilização de veículos apropriados e licenciados.
Da mesma forma, a destinação final dos resíduos deve ser feita de acordo com as características de cada tipo de material, exigências legais e pode incluir tecnologias de tratamento como a compostagem, para resíduos biodegradáveis, a reciclagem para materiais recicláveis, o coprocessamento para resíduos não recicláveis, a disposições de aterros licenciados ou mesmo metodologias de reaproveitamento interno.
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Por fim, o monitoramento e controle são etapas contínuas e essenciais do PGRS. Por meio dessas atividades, é possível verificar a eficácia das medidas adotadas, identificar possíveis falhas e implementar melhorias.
O acompanhamento regular permite avaliar o desempenho do plano, verificar se as metas estão sendo atingidas e tomar medidas corretivas, quando necessário.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos é de suma importância para empresas que desejam adotar práticas responsáveis em relação aos resíduos gerados. Veja alguns dos principais motivos que tornam o PGRS uma ferramenta indispensável:
Em primeiro lugar, o gerenciamento adequado contribui significativamente para a preservação do meio ambiente. Através do PGRS, é possível adotar medidas que minimizem a poluição do solo, da água e do ar, além de reduzir a extração de recursos naturais.
A compostagem, por exemplo, permite transformar resíduos orgânicos em adubo, contribuindo para a fertilidade do solo e reduzindo muito o uso de fertilizantes químicos prejudiciais ao meio ambiente.
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Você sabia que uma gestão inapropriada de resíduos pode apresentar riscos à saúde pública? O acúmulo de resíduos e a falta de controle adequado podem causar contaminação do solo e da água, propiciar a proliferação de vetores de doenças e gerar impactos negativos à saúde das pessoas.
Com o PGRS, as empresas podem adotar medidas de prevenção e controle, mitigar esses riscos e contribuir para um ambiente mais saudável.
O cumprimento das legislações e regulamentações relacionadas ao gerenciamento de resíduos é um aspecto fundamental para as empresas. O PGRS permite que as organizações atendam aos requisitos legais aplicáveis, evitando problemas judiciais, e aplicações de penalidades como multas, e suspensão de atividades produtivas.
Além disso, a adição de boas práticas na gestão de resíduos contribui para a construção de uma imagem de responsabilidade social e ambiental.
Um plano de gerenciamento adequado auxilia na redução de impactos ambientais e passivos financeiros. O que isso quer dizer?
O transporte e a destinação correta dos resíduos, incluindo a reciclagem e o reaproveitamento, evita a necessidade de gastos com a remediação de áreas contaminadas e minimiza os custos associados ao descarte inadequado.
No mais, a redução do volume de resíduos contribui para a diminuição do uso de recursos naturais e dos custos de produção.
Além da importância do PGRS, é importante ressaltar os benefícios que as empresas podem obter ao implementar um plano de gerenciamento. Confira:
A adoção de práticas eficientes de gerenciamento de resíduos pode resultar na minimização de custos operacionais. Através da segregação correta e do aproveitamento de resíduos para reciclagem ou compostagem, grandes geradores podem reduzir os custos com transporte, descarte e aquisição de insumos.
Logo, a economia gerada pela redução de desperdícios e pela otimização de processos contribui para a melhoria da competitividade e rentabilidade.
Da mesma forma, o PGRS proporciona às empresas a oportunidade de explorar práticas de reaproveitamento de resíduos. Essas ações não apenas contribuem para a redução do volume de resíduos destinados a aterros, mas também abrem portas para a geração de novos negócios e parcerias.
Esse reaproveitamento pode gerar matéria-prima secundária para indústrias, criando uma cadeia produtiva mais sustentável e circular.
Empresas que adotam um Plano de Gerenciamento de Resíduos demonstram preocupação com questões ambientais e responsabilidade social. Isso fortalece sua imagem e reputação, tornando-se um diferencial competitivo no mercado.
Consumidores, parceiros e investidores estão cada vez mais valorizando empresas que possuem uma postura ética e sustentável, o que pode gerar benefícios tanto na fidelização de clientes quanto na conquista de novas oportunidades de negócios e atração de investimentos..
Por último, a implementação do PGRS contribui para uma economia circular. A economia circular busca reduzir o consumo de recursos naturais e minimizar a produção de resíduos, promovendo a utilização eficiente dos recursos disponíveis e o fechamento do ciclo produtivo.
O PGRS, por meio do reaproveitamento e da compostagem, contribui para essa visão, trazendo benefícios econômicos, ambientais e sociais.
O gerenciamento de resíduos apresenta alguns desafios que as empresas devem superar para garantir uma gestão sustentável. Ao mesmo tempo, existem melhores práticas que podem ser adotadas para enfrentar esses desafios:
Um dos principais desafios é o engajamento dos colaboradores no processo de gerenciamento de recursos. É fundamental conscientizá-los acerca da importância do PGRS e fornecer treinamentos adequados.
Os funcionários devem compreender a correta segregação, armazenamento e descarte dos resíduos, bem como estar cientes dos objetivos ambientais e dos impactos positivos de suas ações.
Outro desafio é estabelecer parcerias sólidas com fornecedores e recicladores. Uma gestão eficiente de resíduos envolve a identificação de empresas licenciadas e especializadas na reciclagem e destinação final adequada.
Essas parcerias podem ajudar a maximizar o reaproveitamento de materiais, trazer receita com a venda de recicláveis e reduzir custos com o gerenciamento de resíduos.
O uso de tecnologias e inovações sustentáveis pode ser uma prática eficaz no gerenciamento de resíduos.
A automação de processos, a implementação de sistemas de monitoramento e controle, e o investimento em tecnologias de tratamento e reciclagem são exemplos de soluções que podem otimizar o gerenciamento de resíduos.
É importante acompanhar as tendências e buscar constantemente por alternativas mais sustentáveis.
O monitoramento e avaliação contínuos são essenciais para aprimorar o PGRS ao longo do tempo. É necessário estabelecer indicadores-chave de desempenho e realizar análises periódicas para identificar oportunidades de melhoria.
Além disso, a adoção de sistemas de gestão ambiental, com a chancela de certificações ISO, podem auxiliar na implementação de práticas eficientes e na avaliação do desempenho ambiental da empresa.
A Biocomp é uma empresa especializada em gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de resíduos biodegradáveis – classe IIA, e Biocomp trabalha principalmente com grandes indústrias, oferecendo soluções personalizadas de gerenciamento de resíduos. Com sua expertise e conhecimento, a Biocomp auxilia as empresas a implementar práticas responsáveis, atendendo às exigências legais e contribuindo para a preservação do meio ambiente.
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